Dois amigos procuravam companhia pra fechar uma trip, minhas férias estavam para vencer e estava um frio de matar na Europa. Somei os três fatores e pá, um mês depois desembarcava no que seria o divisor de águas do que eu conhecia por viagem, a Tailândia.
Chegar em Bangkok é osso mas é superável, difícil mesmo é controlar a ansiedade. Mas tudo se esvai ao aterrissar naquela cidade enorme e colorida. De um lado você vê um sky trem e viadutos de 3 andares, e do outro encontra mercados flutuantes e feiras que vendem gafanhoto frito.
E os templos? São de tirar o fôlego. Os três principais são o da Alvorada, na beira do rio, uma coisa indescritível, o do Buda deitado e o do Buda Esmeralda, no bairro onde mora o Rei e onde homem não entra de bermuda nem mulher de saia.
Mas nem tudo é só sagrado. O profano está presente nos bairros de prostituição ou nos ping pong shows onde a mulherada faz miséria com a xoxota. A ambiguidade local se confirma no fenômeno dos lady boys, meninos que se vestem como meninas e convivem na sociedade de forma muito natural.
Em Bangkok não há drogas nem violência pois as leis são severíssimas. Há sim truqueiros em todo lugar, mas sendo brasileiro você tira isso de letra. A cidade convida a descoberta, mas depois de andar o dia inteiro a gente realiza que a maior delas não está na rua, na feira, nem no templo… Está na gente mesmo.