Viver em SP têm lados bons e ruins. Lidar com dinheiro é um dos ruins. A partir do meio do mês sua conta bancaria parece bateria de iPhone em dia de festival, os ponteiros vão caindo conforme a tensão vai subindo. Quem dera a gente também pudesse plugar a conta numa tomada pra recarregar tudo.
Cariocas dirão, mas o Rio tá tão caro quanto. Concordo. O Rio tá um assalto (insira aqui seu meme) mas pelo menos tem praia, entre outros programas que gente faz sem pôr a mão no bolso. Já por aqui, saiu pagou. Ficou em casa, pagou também. Afinal a AppleTV tá quitada mas a NET não.
E quando você achava que a coisa não podia ficar pior baixou o raio gourmetizador na cidade pá, tudo ganhou fancy name e triplicou de valor. Até a goiabada com queijo, um clássico low-budget brazuca, virou suflê de queijo em ofurô de guava jelly (sim, isso existe!).
Para não deixar o salário nas portinhas gourmets da vida a gente faz de tudo, come em quilo, traz marmita, aprende a cozinhar. A internet está aí pra te ensinar um frango desfiado em 20 segundos (funciona, fiz ontem). Já para a sua falta de habilidade com as facas, só o esparadrapo mesmo.
No mundo adulto também ficou para trás tardes no shopping. Começa que você não tem mais tempo (aka idade) pra isso. Termina que gastar uma fortuna numa camiseta só porque ela tem uma coroa dourada atrás perde toda a graça quando é você quem paga a fatura cartão.
São Paulo é uma cidade de trabalho, de oportunidades, onde você encontra uma gin tônica bem feita até numa segunda-feira. Mas que cobra e muito bem cobrado, o preço por isso. O segredo de se adaptar bem nessa terra, é você descobrir o mais cedo possível que ser rico em São Paulo (e convenhamos, na vida) tem menos a ver com valores e mais com experiências.